A logística 5PL vem ganhando força no mercado internacional como um modelo avançado de gestão da cadeia de suprimentos. Mas, no Brasil, ainda é comum encontrar resistência, muitas vezes por desconhecimento ou por interpretações equivocadas sobre o que, de fato, esse modelo representa.
Ao contrário do que se pensa, o 5PL não é exclusivo de grandes corporações e não significa abrir mão do controle logístico. Ele representa uma evolução estratégica: a integração completa da cadeia de suprimentos, orientada por dados, tecnologia e visão consultiva.
A seguir, desmistificamos os 5 mitos mais comuns sobre o modelo 5PL e explicamos por que é hora de olhar para ele com outros olhos.
- “5PL é só para multinacional”
Esse é um dos mitos mais recorrentes. De fato, empresas globais com operações altamente complexas adotam o 5PL com frequência. Mas isso não significa que o modelo seja exclusivo desse perfil.
O que define a necessidade de uma estrutura 5PL não é o tamanho da empresa, mas sim o grau de complexidade da operação e o quanto ela está disposta a evoluir em termos de integração, eficiência e tomada de decisão baseada em dados.
Empresas em crescimento, com múltiplos fornecedores, diferentes canais de distribuição e operações internacionais, já têm muito a ganhar ao migrar para esse modelo.
- “Vou perder o controle da operação”
Muito pelo contrário. O papel de um parceiro 5PL é ampliar a visibilidade da cadeia logística, não substituí-la ou centralizá-la de forma opaca.
Com a lógica 5PL, a empresa mantém a governança e o poder decisório, mas passa a contar com uma estrutura estratégica que mapeia riscos, acompanha indicadores e antecipa cenários logísticos com base em inteligência.
É o fim do “achismo logístico” e o início da gestão baseada em dados, performance e previsibilidade.
- “5PL custa mais caro que 3PL ou 4PL”
No curto prazo, pode haver investimento maior. Mas no médio e longo prazo, os ganhos operacionais e estratégicos superam qualquer comparação superficial de custos.
A lógica do 5PL é reduzir custos ocultos, como armazenagem desnecessária, fretes desalinhados, perdas por ineficiência ou retrabalho.
Além disso, o modelo promove o uso mais inteligente de recursos logísticos — o que resulta em economia tributária, aumento da produtividade e agilidade na tomada de decisão.
- “Minha operação é muito simples para isso”
Esse mito parte da falsa ideia de que o 5PL é um modelo “robusto demais”. Mas a verdade é que a simplicidade operacional não exclui a necessidade de estratégia.
Aliás, quanto mais enxuta a operação, mais impacto a adoção de uma lógica 5PL pode gerar.
A integração de dados, a automação de processos e o uso de indicadores ajudam até mesmo as estruturas menores a performar como grandes.
- “5PL é só tecnologia. Eu preciso de execução.”
Tecnologia é parte do processo, mas não é tudo.
O 5PL combina inteligência de dados, integração de sistemas, execução logística coordenada e visão consultiva. É uma abordagem que conecta todos os elos da cadeia (inclusive os fornecedores de serviços logísticos) de forma estratégica, garantindo fluidez, controle e performance.
Em vez de “mais um sistema”, o 5PL se propõe a ser o cérebro por trás da operação.
O modelo 5PL representa a maturidade que muitas empresas brasileiras ainda não conquistaram, mas que já está ao alcance de quem enxerga a logística como área estratégica, e não apenas como execução.
Na Centaurea, ajudamos empresas a repensarem sua cadeia logística de forma integrada, conectando dados, parceiros e decisões em um modelo flexível, escalável e orientado por performance.
O futuro da logística é colaborativo, inteligente e conectado. E o 5PL é o caminho para chegar lá.